terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"O tempo pergunta ao tempo..."

  O relaxe total que as palavras dão é purificante para a alma, e uma força libertada dos pensamentos e das emoções. Sinto-me aliviada, talvez as palavras se sintam assim, talvez seja tudo um fio de pensamento a ser prolongado… talvez.  Um dia passou-se como 100 anos, a lentidão dos momentos conduzem à loucura, o cansaço das horas passarem como meses, a velocidade que já não é mesma e todos os dias a mente decide essa aceleração,  e somos nós que temos de ter a autoridade de dizer: Ei! Eu comando na minha vida, eu é que decido se quero que o tempo passe rápido ou não, sou dona da minha vida! Mas a realidade é outra não fossem os dias aumentando quando o verão se aproxima e diminuindo quando o frio se encosta às nossas casinhas e não sai até a sua estadia terminar. Horas, segundos, meses, anos… um esquema de propriedades para definir o tempo, contudo se somos nós que controlamos o modo como este passa então esses esquemas são inúteis visto cada um ter o seu próprio tempo, no entanto se pensarmos melhor nesse aspecto até tem a sua lógica. Socializar demora um determinado tempo para cada pessoa, para aprender cada um tem o seu momento para interiorizar o que está a ser ensinado, para viver vamos assimilando aos poucos as imagens que vão surgindo ao longo do dia. O tempo é de facto equilibrado por nós, todavia ele tem o seu próprio tempo para correr, corre para um infinito, o tempo nunca vai acabar e tem sempre o mesmo ritmo está constantemente a trabalhar, nós deparamo-nos com tal constante que nos questionamos se não é a nossa mente que atrasa o nosso tempo, é ela que converte o relógio numa velocidade aceitável para conseguirmos acompanhar. Extraordinário imaginar o que o tempo pensa… provavelmente tem uma inteligência fora do comum pela forma como se mantém regular, é forte para estabilizar a velocidade e também para aumentar ou diminuir-se conforme o universo assim o pede. Universo serás o pai do tempo? Não és tu que fazes girar os planetas com o mesmo ritmo, não és tu que fazes as estrelas envelhecerem? Um universo que manipula as nossas acções com uma iluminação que desaparece para separar o dia da noite e consequentemente a mudança de temperatura conforme essa luz se desvanece, um tic tac que nos faz reagir e organizar a imensidão de tempo que existe, melhor recurso natural que este seria impossível. Tempo és fenomenal e intemporal!

As (ir)realidades da vida!

   A minha vida está a escrever o diário com uma rapidez que não consigo acompanhar,os pensamentos estão a uma velocidade que a alma não sente, vai-se aguentando sem saber o rumo... A vida criou um mundo novo, uma nova realidade, tudo vive e não sente, tudo se ouve mas nada se aproveita, mundo este que não tem ninguém apenas papéis a esvoaçar pelo ar que não existe, sou supérfula a minha vida comanda-me. Vou vagueando pelas ruas desertas e por onde passo memórias do meu ser permanecem nos mesmos lugares, com os mesmos cheiros. Para viver assim prefiro a realidade de viver e nao a irrealidade que a minha vida me arranjou, ai mas porque e que gostas de me enganar? Porque me fazes apaixonar-me por ti quando já sou obcecada por ti? Minha querida vida sabes que sem ti sou um elemento inexistente, sou uma indeterminação sou o logaritmo natural sem expoente... precisas de mais provas de que me importo contigo? Penso que não, mas afinal o que és de mim? Es corpo, alma, pensamento? Vida, vida... aquilo que a vida é sem saber o que ela é no seu todo. Continuando na tua realidade sinto-me sozinha, as minhas memorias nao me falam sao apenas videos que se repetem milhares de vezes de cada vez que olho, quero gente nova na tua realidade mas tu insistes em deixares-me sozinha, não sei por onde me levas. As ruas são uma infinidade de emoções que piso e reprimo, será possivel sobrepores o meu passado às minhas emoçoes? Ambas são essenciais para mim, não podes estabelecer prioridades onde elas nao existem, a tua realidade é uma contradição, queres dizer que eu tambem sou uma contradição? Não seremos todos minha querida vida? Caminho cada vez mais rápida, vejo sitios novos finalmente um mundo que nunca vi com os meus próprios olhos mas sonho alcançar, pessoas que nunca conheci mas sei que num futuro serão minhas companheiras nesta jornada que tu (vida) és! Porque divides o passado, as emoções do futuro? Vida, a tua realidade tem muitas vertentes que não compreendo e contudo sou eu o teu fantoche, ja deveria saber como funcionas. Realidades paralelas? Finalmente entrei noutra, uau esta tem todas as minhas fantasias não há solidões, passados nem futuros, apenas sonhos e a imginação com cores nunca vistas, formas que me relaxam e me divertem, desejos deliciados pelo prazer da alegria de serem cumpridos! Ah a tua complexidade fascina-me..! Agora até me vejo num espelho a rir, é pena esse estar um pouco distorcido, não tenho nariz, nem orelhas e tenho uns olhos enOOrmes!!! Estás a levar-me para avenidas cada vez mais surpreendentes, superiores às minhas expectativas, realidades distorcidas que se assemelham à normalidade, será o espelho o reflexo da minha auto-estima? Naaa eu considero-me bonita acho cómica a imagem que vejo, interessante que a forma como me ri, é a forma que eu quero rir da vida! Hum ... levas-me por caminhos cada vez mais surpreendentes, caminhos esses num mundo espantoso e com uma sociedade que, independentemente das desigualdades se vê como um só, é o mundo da minha vida!
   Uma vez mais acordei, desliguei o despertador e acordei para a realidade!

domingo, 29 de agosto de 2010

Mundo das probabilidades

  Inicia-se uma vida sem a pedir e ainda por cima quando nos conformamos com a ideia de que temos de explorar este mundo, temos também que engolir a seco as dificuldades de viver, que não são poucas… É difícil viver é um facto e ninguém me disse que seria fácil mas também alguém me perguntou se eu não preferia ser um E.T.? Se não temos o poder de escolha à nascença, como encontrar essa liberdade de optar e saber que estamos a fazer o correcto? Tomar conhecimento de que este é que é o caminho indicado é uma das grandes questões da humanidade. Todavia, inocentes e frágeis que somos na fase inicial, absorvemos tudo o que os nossos progenitores nos ensinarem. Aí sim começa a nossa jornada no mundo das escolhas, as oportunidades que surgem ao mesmo tempo e que no fim só nos resta apenas uma. Toda esta treta que escrevi tem um propósito porque estou intrigada com certas e determinadas injustiças que a vida nos impõe (me impõe!). Não sou uma má pessoa, nunca fiz mal a ninguém e se o fiz foi porque não me entenderam a bem, tolero muito, rio muito, enfim sou tudo o que uma típica adolescente é, mas às vezes (só às vezes), enfrento cada situação mais controversa que vai contra todos os meus princípios e mesmo assim sofro com essas situações, estranho he? Mais estranho ainda é o sofrer, porque se vai contra as minhas ideologias, as minhas crenças básicas, ora eu tinha mais era que passar por cima e seguir em frente. Ultrapassar para mim é bastante simples, sofro muito quando me deparo logo com as injustiças (é verdade), mas isso passa-me depressa, no entanto era exactamente aqui que eu queria chegar. Sofrer com coisas que não me fazem bem, coisas que não me deveriam magoar de todo porque se não gosto, como disse antes, passo por cima. Em muitos casos eu não passo por cima porque quero sempre saber demais, é o meu problema, quem diz o que quer ouve o que não quer… Quero tanto entender a estupidificação que surge, que eu é que acabo por me tornar uma estúpida, irónico…! Adiante frustra-me saber que as pessoas me magoam de propósito quando não lhes magoei intencionalmente, chateia-me quando eu fico em baixo por causa dessas pessoas e ainda por cima sentir falta do que me frustra (no fundo são as pessoas a origem do meu sofrimento)! Retiro duas conclusões de tudo isto:
 1ª Sabendo que sofro com o que não merece importância, tenho mais é que superar, ser feliz, ignorar porque eu não pedi para ficar triste nem gosto, portanto não faz sentido algum chorar pelo leite derramado.
 2ª A comida tem um sabor fantástico! É óptimo comer com prazer, sentir todos os pequenos pormenores do que ingerimos e melhor ainda, os benefícios que esses alimentos carregam para o nosso corpo!